sábado, 27 de fevereiro de 2010

A ultima lagrima

"
Contemplar-te é o mesmo que contemplar o sol.

Sei que ele esta la, e que o verei todos os dias
O sol queima os olhos quando expostos a ele por muito tempo
Assim sou eu com você...
Me queimo ao tentar admirar tua face...
E assim como o sol...
Os olhos não suportam tanta luz...
E forma gotículas de agua...
Transparentes e brilhantes como meu amor...

Nunca poderei trazer o sol pra perto de mim...
Assim como nunca o terei comigo...
O sol se põe e da lugar a lua...
Assim é eu e você...
Te vejo como sol...
Mais quando não esta perto, é com a lua que eu desabafo...
Você me ilumina, mais a noite me ofusca...

Sabendo de minha tristeza...
A lua chamou tuas filhas...
Esplendidas estrelinhas...
Elas só teriam que brilhar
quando você tomasse meus pensamentos...
Para que ao menos pudesse ver um brilho...
E quando percebi o céu parecia fogos de artificio...

Pensei que somente tua luz me trouxessem as aguas...
Mais não, a escuridão que me assola...
Faz pingar em mim o que ainda sobrou do dia...
E o orvalho me molha o corpo...
Em meio aos conselhos de minha amiga luinha...
Meus olhos sentiram o peso da dor e se fecharam...

Ao me ver fora de meu corpo, imaginei as montanhas...
Eu la estava a te esperar...

Esperar a luz do sol...
Esperei tempos e tempos...
Somente o que via era as nuvens escuras e nada de sol...
E gritei, te chamei, corri sem rumo
e sem percebe estava em meios a arvores...
e Nada ouvia...
Somente o som sombrio dos galhos por onde eu passava...
Depois de cansada, sem forças, cai ao chão...

E olhei as arvores tão altas e eram tantas que mal via o céu...

E entre elas, la longe, eu vi um brilho...
Sera você ? Lembrou de mim ? Veio me buscar ?
Mais ele não se movia,
Parecia que me observava de longe
queria realmente que eu soubesse que ele estava ali...
Era como se quisesse falar que sempre estaria comigo...
Mais apenas assim, longe, brilhante...
Uma luz no final de um infinito...
Algo IMPOSSÍVEL de se tocar, de se aproximar...
POr mais que parece perto...

Quando sem perceber minhas pálpebras abriram...
E aí ? Era um sonho ? Só um sonho ?
Mais era tão real !
Como que por impulso olhei o teto...
E sobre mim caiu uma folha,
molhada do orvalho da noite...
Mais como ? não era só um sonho ?
Nela tinha um furinho, tão minusculo...
Desesperadamente levantei-me...
Queria examina-la, olhar atentamente...
Encontrar uma explicação...


Calcei os sapatos e fui a até a janela...
Queria observa-la sob a luz
Quando levantei-a em direção ao sol...
Sombreou o cama, e uma luz apareceu na sombra...
transpassado por aquele furinho...
E naquele exato momento...
Era como se tivessem me tirado as ultimas esperanças...
Percebi que tinha sido tão real, como o toque das folhas...
E que teria que aceitar...
Não sem dor, não sem lagrimas...
Mais com força e superação...


De qualquer forma, assim como o sol...
Todos os dias o verei...
Mesmo quando parecer-tes longe
eternamente tua luz iluminara o meu caminho...
E aprendi que terei que ser mais forte
Do que eu imaginava ser possível...

Não te ter não significa que não sentirei tua presença todos os dias...
Assim quando a luz tocar meu corpo, sera teu abraço me envolvendo...
Quando a noite cair e minha confidente vier me ver...
Lembrarei de tí, e será com ela que contarei como foi o meu dia...
E se ainda assim me sentir sem tua presença...
Forçarei o fechar de meus olhos... e procurarei a luz por entre as arvores...
E não terei mais duvidas...
Só não sei se voltarei...
Não sei se meus olhos conseguira abrir novamente...
Talvez eu queira me prender na floresta...

E ter as duas importâncias em minha vida...
A escuridão, fiel como a lua e a luz eterna no final do caminho...
Sem mais explicações encerro-me

Com minha ultima lagrima...

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